Ir para o conteúdo

HGO no 36.º Congresso Europeu de Cuidados Intensivos

Antero Fernandes, Filipe Gonzalez, João Leote e Maria Inês Ribeiro, do Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Garcia de Orta, participaram no 36.º Congresso Anual da Sociedade Europeia de Cuidados Intensivos (ESICM Lives 2023), em Milão, no passado mês de outubro.

Naquele que é um dos maiores congressos mundiais de cuidados intensivos, o HGO apresentou dois trabalhos elaborados em conjunto com o Departamento de Matemática da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, com recurso a Inteligência Artificial. Um dos trabalhos visou detetar padrões de doença, em doentes com pneumonia Covid-19, e o outro teve por objetivo encontrar os melhores preditores para a duração do internamento em doentes com Covid-19.

O primeiro estudo permitiu ao serviço concluir que “a classificação que demos intuitivamente aos padrões patológicos de ecografia pulmonar coincidiu com a ponderação de gravidade, quando analisado machine learning, tendo em conta a gravidade e o desfecho dos doentes”, explica o médico intensivista Filipe Gonzalez.

Relativamente ao segundo estudo, o mesmo permitiu confirmar que os marcadores mais importantes são a pressão parcial de dióxido de carbono, o pH e os leucócitos. “Nenhum estudo tinha mostrado especificamente estas variáveis”, refere Filipe Gonzalez.

Ambos os estudos utilizaram a mesma amostra – cerca de 60 doentes, recrutados em 2020 – e foram feitas três a quatro avaliações ao longo do internamento. As análises só foram realizadas no final de 2022, início de 2023.

Compreender os fatores de risco associados à variação da durabilidade dos internamentos é muito útil para o planeamento e alocação dos recursos médicos, contribuindo para uma melhor e mais adequada prestação de cuidados.

 

19/11/2023
imagem do post do HGO no 36.º Congresso Europeu de Cuidados Intensivos